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Reforma Tributária: prepare-se em até 6 meses para MEs e EPPs

Reforma Tributária: passos cruciais para MEs e EPPs se prepararem em até seis meses

Faltando menos de seis meses para a transição da reforma tributária, micro e pequenas empresas enfrentam um cenário repleto de pendências na definição, regulação e esclarecimentos do novo modelo.

Sem adaptação ativa, correm o risco de autuações, perda de créditos fiscais e desajustes no fluxo de caixa, agravados por regras como a não cumulatividade plena e o split payment.

Representando 99% das empresas nacionais e responsáveis por mais de 50% dos empregos formais, MEs e EPPs não podem postergar a revisão de seus processos.

Este guia apresenta os principais desafios e caminhos para uma governança fiscal integrada e boas práticas de planejamento tributário, garantindo segurança e competitividade nessa mudança histórica.

O perigo de não se adequar a tempo

Com o cronograma de transição da reforma tributária começando em seis meses, micro e pequenas empresas que não revisarem suas operações enfrentam consequências sérias.

Adotar uma postura proativa e iniciar imediatamente a análise de processos, sistemas e contratos é essencial para evitar interrupções na operação e garantir a saúde financeira da empresa nessa mudança histórica.

O novo modelo tributário e o papel do CGIBS

O Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CGIBS) nasce como instância decisória para guiar a transição ao novo modelo tributário, reunindo União, estados e municípios em um fórum de cooperação técnica e política.

A eleição de Flávio César Mendes, atual presidente do Comsefaz e secretário de Fazenda de Mato Grosso do Sul, confere ao CGIBS forte perfil técnico. Sua experiência em finanças públicas será essencial para a regulamentação da base de cálculo, definição de alíquotas e mitigação de conflitos federativos.

Ao coordenar os testes-piloto conduzidos pelo Serpro e articular ajustes solicitados por setores como construção civil e energia, Flávio César deverá garantir que o novo regime seja operacionalizado com agilidade, transparência e segurança jurídica.

A liderança de Flávio César Mendes

Com ampla experiência em finanças públicas, Flávio César Mendes de Oliveira assume o comando do CGIBS trazendo um sólido histórico como secretário de Fazenda de Mato Grosso do Sul e presidente do Comsefaz. Formado em economia, ele acumulou mais de duas décadas de atuação na gestão tributária e orçamentária, destacando-se pela habilidade em promover acordos federativos e modernizar sistemas fiscais estaduais.

Eleito para cumprir mandato até 31 de dezembro de 2025, Flávio César terá como missão principal estruturar o novo Imposto sobre Bens e Serviços em todo o país. Entre suas atribuições, está a coordenação da elaboração de instruções normativas, a padronização de procedimentos operacionais e a interlocução com secretarias estaduais e municipais. Além disso, caberá a ele supervisionar os testes-piloto do Serpro, incorporar sugestões dos setores econômicos e garantir que a transição ocorra com segurança jurídica, transparência e coerência técnica.

Testes-piloto e críticas dos setores estratégicos

O Serpro, em parceria com a Receita Federal, executa um projeto-piloto da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) envolvendo empresas-piloto de diversos setores. Nessa fase, são testados os módulos de emissão eletrônica de notas, cálculo automático da alíquota única e integração com sistemas ERP, além da validação de regras de crédito fiscal e da retenção automática (split payment).

Até o momento, as principais críticas apontadas pelos setores estratégicos incluem:

Impactos diretos para MEs e EPPs

Segundo o Sebrae, Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) representam 99% do total de empresas no Brasil e respondem por mais de 50% dos empregos formais. Esse peso econômico torna qualquer ajuste tributário especialmente sensível para quem atua no Simples Nacional.

Na transição para o novo modelo, as MEs e EPPs enfrentarão desafios como:

Sem um planejamento proativo e integrado, as pequenas estruturas correm risco de multas, falhas no cumprimento de obrigações e descontrole financeiro. Mapear processos, revisar contratos e investir em tecnologia são passos fundamentais para atravessar esse período de mudanças com segurança.

Estatísticas e representatividade das MPEs

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPEs) concentram 99% das unidades produtivas no país, estando todas enquadradas no Simples Nacional. Segundo o Sebrae, existem mais de 6,3 milhões de MPEs registradas, respondendo por grande parte da dinâmica econômica local.

A representatividade das MPEs no Simples Nacional reforça sua importância para a estabilidade econômica e social. Qualquer alteração na tributação dessas empresas impacta diretamente a manutenção de empregos, o fomento ao empreendedorismo local e o desenvolvimento das cadeias produtivas em todo o Brasil.

Desafios do CBS e do IBS para micro e pequenas

Com a migração para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), as micro e pequenas empresas enfrentarão entraves no aproveitamento de créditos fiscais:

Para driblar essas dificuldades, foi criada a opção pelo Simples Nacional Híbrido, que combina regimes:

Estratégias de adaptação e governança fiscal integrada

Para enfrentar as mudanças trazidas pela reforma tributária, é fundamental adotar uma governança fiscal que una planejamento tributário estratégico, compliance digital e gestão contábil integrada. Segundo Ricardo Vivacqua, essa abordagem permite antecipar riscos, otimizar o aproveitamento de créditos e garantir transparência nas obrigações.

Ao seguir essas práticas, as empresas podem construir uma base sólida de governança fiscal que não apenas cumpre as exigências legais, mas também fortalece a sustentabilidade financeira e competitividade no novo cenário tributário.

Nova lógica de planejamento financeiro e estrutural

Com a reforma, abandona-se a visão formalista — centrada apenas na escolha do regime tributário — em favor de uma abordagem financeira e sistêmica, que considera todo o ciclo de geração e recuperação de créditos. Essa nova lógica exige planejamento integrado entre áreas contábil, fiscal e financeira, garantindo que cada etapa do processo gere valor e reduza custos.

Ao alinhar processos, tecnologia e governança, as empresas estarão preparadas para extrair o máximo de benefícios da não cumulatividade e do split payment, fortalecendo sua competitividade no novo ambiente tributário.

Como funciona o Simples Nacional Híbrido

O Simples Nacional Híbrido foi criado para permitir que MEs e EPPs mantenham as vantagens do regime simplificado no IRPJ e CSLL, enquanto recolhem a CBS e o IBS pelo regime comum. Essa alternativa oferece maior flexibilidade tributária, conciliando carga reduzida e aproveitamento de créditos fiscais.

Essa opção se torna vantajosa quando o volume de insumos adquiridos for elevado ou quando a empresa presta serviços para terceiros, pois o crédito fiscal pode representar economia significativa. Entretanto, requer estruturação contábil mais sofisticada e sistemas capazes de gerar relatórios separados para garantir conformidade e aproveitar ao máximo os benefícios tributários.

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Com mais de seis anos oferecendo soluções contábeis descomplicadas, a Novo Tempo Contabilidade está ao seu lado para garantir uma transição tranquila na reforma tributária. Nossa equipe especializada revisa processos, otimiza o aproveitamento de créditos fiscais e implementa uma governança fiscal integrada, mantendo sua empresa sempre em conformidade.

Estamos prontos para personalizar o planejamento tributário de acordo com o perfil da sua ME ou EPP, reduzindo riscos e custos na adoção dos novos regimes de CBS e IBS. Conte conosco para orientação prática, suporte tecnológico e atendimento dedicado em cada etapa dessa mudança.

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Super Rádio Tupi. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma tributária exige ajustes das MEs e EPPs

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